sábado, 29 de dezembro de 2007

A outra parte




Velho sonho comum de pessoas que despertam para o magnetismo da paixão, do amor.
Onde está a minha outra parte, aquele ser que me completa até os confins do meu mundo? Será que eu conseguirei ver o brilho nos seus olhos, ou o ponto luminoso em cima do seu ombro esquerdo, conforme diz a “tradição”?*
Hoje em dia os romances não acontecem apenas em paisagens líricas, bucólicas. E o ranger do motor de um ónibus pode ser um sinal.
Aprendi, mesmo podendo estar errado, que não vale a pena esperar uma pessoa que combine perfeitamente com você. Pois no mundo há diferenças. E as diferenças se combinam.
Para quê tentar moldar os amores, exclusivamente para você, será que isso não é vaidade, um apego absurdo?
E no final você diz: “- Ele(a) não se combinava comigo, achei melhor terminar”. E passar a viver sofrendo, sozinho(a), em busca de um amor perfeito. Será que a perfeição não está nos pequenos momentos em que compreendemos os defeitos do outro e aprendemos a lidar com eles, fazendo-nos evoluir? Afinal de contas, todos nós temos defeitos.
(Claro que não me refiro a todos os casos, sei que tem casos que não se combinam extremamente. Há pessoas que estão juntas mas nem se gostam.)
Será que é sensato julgar um amor só por que a ciência astrológica diz que os signos não se combinam, quando os corações se desejam mutuamente? Sim, há diversos fatores. E como eu já disse anteriormente, só que em outras palavras; Se pudermos conhecer através da astrologia ou de qualquer outro meio os fatores que nos desarmonizam, já é meio caminho andado para que possamos aprender a lidar com eles, e criarmos condições que nos harmonizam. Pois como diz o ditado: “Onde há vontade, há sempre um caminho”. E se não podemos competir com a força do vento, aprendemos a lidar com ela.
Sei que estou sendo, ou parecendo, um tanto simplista. Mas...
Chega de sonhar com um amor que está impossivelmente longe. Enquanto sua outra parte pode estar ao seu lado, sorrindo para te.


E que sejam felizes enquanto dure!






* De acordo com a tradição esotérica as pessoas podem identificar a sua outra parte por um brilho em cima do ombro esquerdo, que só os videntes podem ver. Ou pelo brilho nos olhos, como fazem as pessoas comuns.

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