terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Dia e noite ou Dança Magicka



















Observo o dia e a noite.
A noite que faz dormir os passarinhos,
A noite que desperta os morcegos.

Observo as formigas que trabalham
Levando mais um cadáver para o seu lar,
É o cadáver de uma barata,
Que morreu pra lhe alimentar!

Observo uma criança que nasce,
Enquanto um velho morre.
E isso é tão triste,
E é tão alegre.

Imagino um Deus Deusa
Que baila com um corpo infinito,
Infinito de estrelas.
Em um verdadeiro Ritual
De dança Magicka.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A perfeição está no momento em que
Ficamos em silencio e contemplamos
Apenas com os olhos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Mar da Bahia


Quando eu olho para este grande mar,
Há uma vontade que mim dar...

De nadar, nadar, nadar.
De forma que eu sei que meu corpo não conseguiria!

Assim... só me resta...
Sonhar.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Saldade e mistério

As vezes é uma saudade que mim dá.
Saber que um dia deixarei este mundo.
Que minha vida aqui é curta e passageira.
As coisas que vivenciei, as pessoas que conheci,
E até mesmo as coisas que julguei serem problemas deste mundo.
Pois mesmo assim, ainda sei que este mundo é magnifico, maravilhoso.
Talvez escrever seja uma forma de eu explodir meu peito em afeto, gratidão.
As coisas a minha volta é de um mistério profundo...
E até eu mesmo.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Perfume de mulher!

Meu bebê, pequeno tufo de algodão,
Flutuando leve no espaço, azul do meu coração.
Pousa macio, pomba branca no pilar,
Rio, corredeira, sempre em direção ao mar.
Poço profundo, que não para de jorrar,
Reflexo cintilante, de uma estrela, de um luar...

Nuvens que vagueiam, tranquilas, caladas,
Olhinhos de gueixa, no corpinho de uma fada.
Membros perfeitos, feitos de leite e mel,
Escultura grega, em mármore de papel.
Jabuticaba madura, quando caí do pé,
Gosto morno e úmido, perfume de mulher!

sábado, 29 de dezembro de 2007

A outra parte




Velho sonho comum de pessoas que despertam para o magnetismo da paixão, do amor.
Onde está a minha outra parte, aquele ser que me completa até os confins do meu mundo? Será que eu conseguirei ver o brilho nos seus olhos, ou o ponto luminoso em cima do seu ombro esquerdo, conforme diz a “tradição”?*
Hoje em dia os romances não acontecem apenas em paisagens líricas, bucólicas. E o ranger do motor de um ónibus pode ser um sinal.
Aprendi, mesmo podendo estar errado, que não vale a pena esperar uma pessoa que combine perfeitamente com você. Pois no mundo há diferenças. E as diferenças se combinam.
Para quê tentar moldar os amores, exclusivamente para você, será que isso não é vaidade, um apego absurdo?
E no final você diz: “- Ele(a) não se combinava comigo, achei melhor terminar”. E passar a viver sofrendo, sozinho(a), em busca de um amor perfeito. Será que a perfeição não está nos pequenos momentos em que compreendemos os defeitos do outro e aprendemos a lidar com eles, fazendo-nos evoluir? Afinal de contas, todos nós temos defeitos.
(Claro que não me refiro a todos os casos, sei que tem casos que não se combinam extremamente. Há pessoas que estão juntas mas nem se gostam.)
Será que é sensato julgar um amor só por que a ciência astrológica diz que os signos não se combinam, quando os corações se desejam mutuamente? Sim, há diversos fatores. E como eu já disse anteriormente, só que em outras palavras; Se pudermos conhecer através da astrologia ou de qualquer outro meio os fatores que nos desarmonizam, já é meio caminho andado para que possamos aprender a lidar com eles, e criarmos condições que nos harmonizam. Pois como diz o ditado: “Onde há vontade, há sempre um caminho”. E se não podemos competir com a força do vento, aprendemos a lidar com ela.
Sei que estou sendo, ou parecendo, um tanto simplista. Mas...
Chega de sonhar com um amor que está impossivelmente longe. Enquanto sua outra parte pode estar ao seu lado, sorrindo para te.


E que sejam felizes enquanto dure!






* De acordo com a tradição esotérica as pessoas podem identificar a sua outra parte por um brilho em cima do ombro esquerdo, que só os videntes podem ver. Ou pelo brilho nos olhos, como fazem as pessoas comuns.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

A cada minuto

A cada minuto que passa,
Já não sou mas o mesmo.
As coisas que fiz,
Só são lembranças mortas no tempo;
Mas que tem vida.
Não quero me apegar as coisas que faço,
Para não ter que viver preso ao passado.
Assim me renovo a cada instante,
"Para a eterna novidade do mundo".
Mesmo como uma mariposa que sai do casulo,
Ou uma flor que desabrocha no verão.
E nestes ciclos de mortes e renascimentos...
Vou me movimentando.
E tentando descobrir,
Quem realmente eu sou.